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29.11.09

A Força do Silêncio






  • Nós os indígenas,
    conhecemos o silêncio.

    Não temos medo dele.
    Na verdade,
    para nós ele é mais poderoso
    do que as palavras.

    Nossos ancestrais foram educados
    nas maneiras do silêncio e eles
    nos transmitiram esse conhecimento.
    "Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
    Esta é a maneira correta de viver.

    Observa os animais para ver
    como cuidam se seus filhotes.
    Observa os anciãos para ver
    como se comportam.

    Observa o homem branco para ver
    o que querem.
    Sempre observa primeiro,
    com o coração e a mente quietos,
    e então aprenderás.

     Quanto tiveres observado o suficiente,
    então poderás atuar.

    Com vocês, brancos e pretos, é o contrário.
    Vocês aprendem falando.

    Dão prêmios às crianças
    que falam mais na escola.
    Em suas festas, todos tratam de falar.
    No trabalho estão sempre tendo reuniões
    nas quais todos interrompem a todos,
    e todos falam cinco, dez, cem vezes.

    E chamam isso de "resolver um problema".
    Quando estão numa habitação e há silêncio,
    ficam nervosos.

    Precisam  preencher o espaço com sons.
    Então, falam compulsivamente,
    mesmo antes de saber o que vão dizer.

    Vocês gostam de discutir.
    Nem sequer permitem que
    o outro termine uma frase.

    Sempre interrompem.
     Para nós isso é muito desrespeitoso
    e muito estúpido, inclusive.

    Se começas a falar,
    eu não vou te interromper.
    Te escutarei.

    Talvez deixe de escutá-lo
    se não gostar do que estás dizendo.
    Mas não vou interromper-te.

     Quando terminares, tomarei minha decisão
    sobre o que disseste,
    mas não te direi se não estou de acordo,
    a menos que seja importante.

     Do contrário,
    simplesmente ficarei calado e me afastarei.
    Terás dito o que preciso saber.
    Não há mais nada a dizer.

    Mas isso não é suficiente
    para a maioria de vocês.

    Deveríamos pensar nas suas palavras
    como se fossem sementes.

    Deveriam plantá-las,
    e permiti-las crescer em silêncio.

    Nossos ancestrais nos ensinaram que
    a terra está sempre nos falando,
    e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

    Existem muitas vozes além das nossas.
    Muitas vozes.
     Só vamos escutá-las em silêncio.
  • (Palavras de Dan, um ancião Lakota (Sioux)
  •  Livro: Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn

  • *A força do siêncio vai muito além do pensamento convencional e  de qualquer dogmatismo porque explica que para um branco,  a coisa mais importante é a liberdade. Mas, para um indígena, a coisa mais importante é a honra. 
  • Repleto de observações maravilhosas, Neither Wolf Nor Dog é um clássico que deve ser lido e saboreado por qualquer pessoa interessada em crescer interiormente. Posso dizer que é um relato emocionante que vai resistir ao teste do tempo e  dar significado ao entendimento da luz e da sombra que permeia a vida humana.

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ZX











Meu compromisso é com a Memória do "Invisível".


Pelo direito a autodeterminação dos povos e apoiando a descolonização do saber.


Ano 5523 de Abya Yala


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