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1.12.09

Tolo - O Ritual do Amor para as Mulheres.




Etnias que realizam o ritual do Tolo: KAMAYURÁ, YAWALAPITI, KALAPALO, KUIKURO, MATIPU, NAFUKUÁ, AWETÍ, WAURÁ  e MEYNAKU 
Localização: Terra Indígena Parque do Xingu (MT) Brasil


Tolo, para os Kuikuro e Kalapalo, povos falantes de línguas do tronco Karib, é uma das festas celebradas pelos índios do Alto Xingu, na qual somente as mulheres dançam e cantam. Os Yawalapiti chamam de Kutipira, e os Kamayurá, de Yahaha. Entre os povos do alto Xingu há apenas duas festas exclusivas das mulheres: o Tolo e o Yamuricumá. Enquanto o Yamurucumá se refere a uma revolta das mulheres contra a supremacia masculina, o Tolo é alusivo ao amor. Nos cantos Tolo, chamados detolotepe, na cultura Kuikuro e Kalapalo, as mulheres narram histórias de amor vividas por seus ancestrais e passadas de mãe para filha por muitas gerações. Qualidades masculinas como a beleza física, o caráter, a coragem, bem como a busca por um amor, a saudade do companheiro, a alegria de amar e até os desgostos e dissabores de algum amor são a tônica dos versos entoados e dançados vários dias, nas manhãs, tardes, noites e madrugadas da aldeia.


A celebração do Tolo tem início com os cantos e danças na entrada das enormes malocas. As duplas ou grupos de mulheres caminham em direção ao centro da aldeia, num zig-zag constante. Aos poucos, outras mulheres, adultas, jovens ou crianças vão aderindo e aumentando esses grupos, fortalecendo os cantos e os passos firmes e cada vez mais ritmados. As cantoras que “puxam” os cantos relatando histórias e namoros dos antepassados e de hoje, usam um colar em forma de arco e trazem muitos guizos nos pés e na cintura pra realçar a marcação do ritmo. Muitas dançam com seus bebês no colo. As mais jovens, compenetradas, se interessam naturalmente em aprender os cantos e passos do Tolo. Elas se empenham em mostrar o domínio da dança e dos cantos, a harmonia e a beleza do ritual que contagia a todos que assistem.


A presença dos homens no Tolo representa um gesto de admiração e orgulho, não de suas mulheres, mas também de suas filhas, afilhadas, cunhadas e irmãs ou mães que participam do ritual. Do centro da aldeia e da frente da oca, homens de todas as idades formam a principal platéia. Durante o ritual eles emprestam às mulheres os cocares, colares de miçangas coloridas, brincos, braçadeiras tornozeleiras, chocalhos e outros adereços. Algumas usam cintos de pele de onça, cedidos por seus maridos ou parentes homens, que se orgulham de vê-las bem enfeitadas. Os homens assistem a tudo, retribuindo com muitos aplausos e urros de alegria e satisfação. E torcem bravamente por aquelas que, depois de dançaram durante toda a noite, ainda lutarão o huka-huka. Assim como os homens que lutam o huka-huka durante o Kuarup, as mulheres também não devem dormir, pois os maus sonhos impedem o bom desempenho.



Fonte: Povos Indígenas- Ministério da Justiça do Brasil
Referência: Simone Cavalcante,  Tolo – As mulheres celebram o amor no Alto Xingu 

ZX











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