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13.7.09

Línguas em extinção

 Temos que salvar as línguas em perigo de extinção?

 "Cada língua é um universo de pensamento único." 



O Brasil ocupa o terceiro lugar mundial em línguas ameaçadas de extinção. Com 219 idiomas, somos a oitava nação mais linguisticamente diversa do planeta. As línguas faladas por pequenos grupos indígenas em áreas tropicais são as que correm maiores riscos. As pressões econômicas que derrubam florestas são as mesmas que rompem o isolamento cultural de índios e os levam a fixar-se em áreas urbanas, adotando idiomas majoritários como o português. A questão é se vale a pena tentar salvar idiomas ou se o processo de concentração linguística é inexorável. Na última hipótese, só o que nos restaria fazer é colecionar o maior número possível de registros dessas línguas, para que elas não se percam inteiramente. Cada idioma, afinal, ao revelar como um grupo de indivíduos pensa e hierarquiza o mundo, é uma janela para a natureza humana.
Para o linguista australiano Christopher Moseley  cada língua é um universo, cuja estrutura de pensamento é única. Com efeito, suas associações, suas metáforas, suas modalidades de pensamento, seu vocabulário, seu sistema fonético e sua gramática são peculiares e funcionam conjuntamente para formar uma maravilhosa estrutura arquitetônica que, por ser tão frágil, poderia desaparecer, facilmente, para sempre.
Segundo a nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo da Unesco, feito por 25 linguistas, o Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção, em um total de 2,5 mil línguas no mundo que podem desaparecer até o final deste século. 
No Brasil, 190 línguas indígenas estão em risco de desaparecer, sendo 45 delas classificadas na categoria de risco mais elevado. 
O Atlas aponta 12 línguas mortas no Brasil, sendo praticamente todas da região amazônica.
No mundo são mais ou menos 2.500 línguas com perigo de extinção em um total de 6.000 existentes. Os dados indicam que no total das línguas conhecidas na atualidade, mais de 200 desapareceram nas últimas três gerações, 538 estão em situação crítica, 502 gravemente em perigo, 631 definitivamente em perigo e 607 em situação insegura.
Para conhecer o Atlas faça click no link: 
http://www.unesco.org/culture/ich/index.php?lg=ES&pg=00206                                        
Fontes:

FSP, 12/7, Mais!
Socioambiental

ZX











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