Os Guarani tem a convicção de que as florestas da América do Sul são a morada de muitos seres fantásticos. Entre eles podemos citar os demônios, fantasmas, duendes, entidades de proteção e outras criaturas. Abaixo listo alguns destes seres:
Iñakanguaja: são os duendes que habitam os lagos. Os Guarani dizem que estes seres aparecem de visita quando percebem as luzes fugazes no céu. Não são temidos, ao contrário; conviver com eles leva a Yvy Marã Ei (Terra sem Males).
Caa Porã: conhecido como o espírito das florestas, este ser é um protetor da natureza e como tal, grande inimigo dos seres humanos. Ele é descrito como um humanóide inteiramente escuro, de tamanho gigante, peludo e com dentes ferozes que são usados para devorar pessoas e sugar o sangue.
Em outras versões, este é um espírito feminino que leva os caçadores perdidos na selva. Essas representações são muitas vezes concorrentes e contraditórias na mitologia Guarani desde que que a igreja interferiu nas suas crenças tradicionais, havendo em alguns casos uma fusão.
Ahó – Ahó: uma besta que possui o corpo coberto de pêlos, tanto que seu rosto não é conhecido. Ele anda de quatro patas e tem grandes garras com as quais que derruba as árvores aonde se escondem seus inimigos. Respeita somente as palmeiras, porque as árvores são sagradas.
Eirá Jaguá: é mais um monstro humanóide, possui o corpo coberto de escamas, tornando-o invulnerável às flechas. Ele come carne. Sua única fraqueza é o seu estômago.
Marangigona: nome que que designa o verso e o reverso da alma humana. Está localizada no interior do corpo e pode ser extraída por um xamã para o bem ou para o mal. (um conceito muito interessante)
Mboguá: o poder selvagem da alma humana. Você pode falar com eles, como pode ser feito com os espíritos. Eles freqüentam os lugares onde uma pessoa morta pertencia e por isso é muito temido pela sua força em prejudicar os seres vivos.
Pora: é a outra face de Mboguá sendo considerada a sua contrapartida que é a parte racional da alma, que são as nossas memórias e com os quais os xamãs podem se comunicar.
Miñocao: mito Originário do sul do Brasil. Ele é descrito como uma cobra preta ou uma forma de minhoca gigante.
Ele afunda as embarcações e come os tripulantes.
Pira - Nu (peixe negro): este é um peixe gigante que é capaz de atacar as canoas com a intenção de comer os que caem na água. Seus olhos são esbugalhados e sua cabeça é excessivamente longa.
Pita - Yobaí: é um duende maligno que possui os pés invertidos. Ele mata com socos e mordidas as suas vítimas. Segundo a crença, este ser (ou seres) tuve participação ativa na guerra entre o Paraguai Bolívia, devorando vários soldados bolivianos que entraram no Chaco paraguaio.
Porá: é a outra face de Mboguá sendo considerada a sua contrapartida que é a parte racional da alma da qual fazem parte as nossas memórias e com as quais os xamãs podem se comunicar.
Teju - Cuaré: este é um lagarto de grande porte, capaz de caçar humanos. Ainda existe um outro ser com as mesmas características: Teju - Yegud. Eles observam o horizonte de colinas e montanhas a procura de presas em potencial. Eles também podem atacar barcos.
Jaguar - Avá: avá significa humano. Portanto, o jaguar-Avá é uma pessoa que, por um ato de bruxaria, adquiriu a virtude de se transformar em um jaguar (onça "em guarani).
Yacy - Yateré: um ser complexo que está dividido entre o espírito, "deus" e a natureza. Existem várias versões que são misturadas com outros seres mitológicos. Parece que, na sua primeira versão, o Yacy - Yateré era como um elfo. Seu nome em Guarani significa "vindo da lua", mas também pode ser traduzido como "lua minguante". É um ser loiro, bonito, olhos azuis, ágil e musculoso. Caminha na noite carregando uma varinha mágica que lhe permite governar sobre a natureza, seus fenômenos e os animais.
Y- Porá: conhecido como o espírito da água. É um espectro do mal que espreita no fundo dos rios. Ele é inimigo dos seres humanos. Quando alguém é atacado pelo Y-Porã, sente que uma força invisível o arrasta para dentro da água. Uma vez lá, ele afunda irremediavelmente atraído pela mesma força.
Só ataca nas margens dos rios que habita.