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27.11.09

Xapiri Thëpë (Gente Espírito)


Foto autr desconhecido.
Cultura Yanomami


Rituais


A preparação dos xamãs é sempre muito dolorosa e cheia de êxtase porque é necessário ficar inalando por muitos dias o pó alucinógeno Yãkõana (resina ou fragmentos da casca interna da árvore Virola s.p que são transformados em pó depois de secos) e sob a condução dos mais antigos, aprendem a ingressar no universo dos espíritos xapiripë e responder seus cantos.

Os xapiripë são vistos sob a forma de miniaturas humanóides enfeitadas de ornamentos cerimoniais coloridos e brilhantes. Sua dança de apresentação é comparada à ruidosa e alegre chegada de grupos convidados, ricamente adornados, numa festa intercomunitária reahu. São, sobretudo, "imagens" xamânicas (utupë) de entes da floresta. Existem xapiripë de mamíferos, pássaros, peixes, batráquios, répteis, lagartos, quelônios, crustáceos e insetos. Existem espíritos de diversas árvores, espíritos das folhas, espíritos dos cipós, dos méis silvestres, da água, das pedras, das cachoeiras… Muitos são também "imagens" de entidades cósmicas (lua, sol, tempestade, trovão, relâmpago) e de personagens mitológicas. Existem também humildes xapiripë caseiros, como o espírito do cachorro, o espírito do fogo ou da panela de barro. Existem, enfim, espíritos dos "brancos" (os napënapëripë, mobilizados, por homeopatia simbólica, para combater as epidemias) e de seus animais domésticos (galinha, boi, cavalo).
Nos rituais, os xamãs inalam o pó  Yãkõana, considerado como a comida dos espíritos.  Sob o efeito deste alucinógeno dizem que morrem porque entram em um transe durante o qual pedem a presença de vários espíritos, com os quais trocam informações e imitam as danças e manifestações de cada ser espiritual que surge durante a realização do ritual xamânico. Assim, quando "seus olhos morrem", os xamâs adquirem uma visão e poder que, ao contrário da percepção ilusória da "gente comum" (kua përa thëpë), lhes dá acesso à essência dos fenômenos e ao tempo de suas origens, portanto, à capacidade de modificar os acontecimentos.


Uma vez iniciados, os xamãs Yanomami podem chamar até si os xapiripë, para que estes atuem como espíritos auxiliares. Esse poder de conhecimento/ visão e de comunicação com o mundo das “imagens/essencias vitais” (utupë) faz dos pajés os pilares da sociedade yanomami. Escudo contra os poderes maléficos oriundos dos humanos e dos não-humanos que ameaçam a vida dos membros de suas comunidades, eles são também incansáveis negociadores e guerreiros do invisível, dedicados a domar as entidades e as forças que movem a ordem cosmológica.



Casca Virola


A terra-floresta só pode morrer se for destruída pelos brancos. Então, os riachos sumirão, a terra ficará friável, as árvores secarão e as pedras das montanhas racharão com o calor. Os espíritos xapiripë, que moram nas serras e ficam brincando na floresta, acabarão fugindo. Seus pais, os xamãs, não poderão mais chamá-los para nos proteger. A terra-floresta se tornará seca e vazia. Os xamãs não poderão mais deter as fumaças-epidemias e os seres maléficos que nos adoecem. Assim, todos morrerão. (Davi Kopenawa Yanomami)


                                           







  • Outros nomes







    Yanoama, Yanomani, Ianomami






  • Onde estão







    Amazonas, Roraima, Venezuela






  • Quantos são







    15.682
    (Funasa - 2006)
    15.193
    (Venezuela - 1992)







  • Família linguística Yanomami
  • * Foto autor desconhecido
  • Fonte: Socioambiental

ZX











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Pelo direito a autodeterminação dos povos e apoiando a descolonização do saber.


Ano 5523 de Abya Yala


523 anos de Resistência Indígena Continental.


JALLALLA PACHAMAMA, SUMAQ MAMA!







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